[Reportagens] Jogos Vorazes na Total Film

Vários scans da Total Film apareceram na internet desde a última vez que postamos que Jogos Vorazes estará em sua edição de fevereiro. Os scans, porém, não eram grandes o bastante para que se possa ler o conteúdo da revista e que, assim, possa ser traduzido pela nossa equipe.

O Jhutcherson.net, fã-site norte-americano dedicado ao ator Josh Hutcherson (Peeta), conseguiu os scans da Total Film em uma ótima resolução. Isso significa que o D13 já tem traduzida a reportagem de duas páginas sobre Jogos Vorazes da edição de fevereiro da Total Film. Os scans podem ser vistos em nossa galeria neste link.

A reportagem situa o leitor que ainda não conhece a história do filme, que chega em março nos cinemas, e mostra também uma entrevista com a produtora do filme, Nina Jacobson. Confira a tradução da reportagem traduzida pelo D13  abaixo:

Jogos Vorazes

É o brutal e revolucionário antídoto para excesso de reality shows.

Uma mistura de Battle Royale, O Sobrevivente e abundantes competições com eliminação, Jogos Vorazes – a primeira parte de uma quadrilogia jovem adulta baseada na trilogia de livros de Suzanne Collins – mostra uma América do Norte pós-apocalíptica (‘Panem’) assistindo horrorizada a duas crianças de cada um dos seus 12 distritos lutar até a morte em uma arena construída com esse propósito. Câmeras capturam e transmitem cada palavra, ataque e morte agonizante – televisionada para demonstrar o poder do Estado e suprimir pensamentos revolucionários.

O conceito veio a Collins enquanto mudava de canais entre cenas do Iraque e reality shows (“Eu estava cansada, e as imagens começaram a se misturar nessa maneira muito inquietante”), somando o mito no Minotauro; “Creta estava mandando uma mensagem: ‘Mexa com a gente e matamos suas crianças.’” Lionsgate comprou os direitos imediatamente, contratando Collins para adaptar seu best-seller mesmo enquanto ela ainda escrevia as sequências Em Chamas e A Esperança.

Escalar a personagem principal Katniss Everdeen – uma garota de 16 anos do distrito mais pobre, que caça e faz trocas para alimentar sua família sem pai – foi crucial, então quando uma feroz Jennifer Lawrence apareceu em Inverno da Alma, ela já estava escolhida, apesar da disputa com Hailee Steinfeld, Chloë Grace Moretz e Saoirse Ronan. Então Lawrence saiu dos Ozarks para o Oscar, como uma indicada vestida de Calvin Klein e experimentou em primeira mão a viagem de Katniss de caçadora de pernas peludas para a brilhante ‘Garota em Chamas’ na qual seu estilista Cinna (Lenny Kravitz) a transforma: um símbolo de revolta contra o sistema.

Em sua resenha positiva do livro, Stephen King identificou o problema-chave de qualquer adaptação – “Vejamos os produtores desse filme tentar colocar uma censura PG-13 nessa gracinha” – mas Lawrence insiste que houve pouca suavização da carnificina. “Quando filmamos na floresta [na Carolina do Norte], eram cobras e ursos de verdade, e cenas reais de correr pra cima e pra baixo em uma montanha por 13 horas.” O diretor Gary Ross concorda: “Queimamos uma floresta, explodimos uma pirâmide de coisas que voou quase 50 metros, tivemos maletas voando mais de 400 metros…” A sorte deve estar a nosso favor.

Nina Jacobson – a produtora de Piratas em sua próxima grande franquia…

O que fez você querer produzir Jogos Vorazes?

Encontrei o livro, li o primeiro capítulo e não conseguia largar. Fiquei fascinada com a personagem Katniss – como ela era imperfeita. Ela realmente vai de estar preocupada com sua própria sobrevivência a aprender a se importar com outras pessoas pelo caminho.

Você sentiu que os direitos tinham que ser adquiridos logo?

Sim, foi exatamente o que eu senti. Fiquei tão obcecada com isso que só de pensar em outra pessoa o produzindo me deixava realmente maluca!

Como foi a colaboração com Suzanne Collins?

Suzanne escreveu o primeiro rascunho do roteiro. E apesar de também termos trazido Billy Ray e Gary Ross, fazer um rascunho com Suzanne nos permitiu entender suas prioridades. O primeiro rascunho dela permaneceu comigo durante o processo.

O que você achou que era mais importante acertar?

Acho que mais do que qualquer coisa, ficar na cabeça de Katniss… Garantir que você realmente lide com essa jornada pela perspectiva dela. Essa foi uma tarefa importante, pois o poder do livro está na raiz do quanto você vê o mundo pelos olhos dela.

Vocês economizaram na violência?

Não, não economizamos. Decidimos fazer um filme com censura PG-13 e vai continuar assim. É um assunto muito intenso. E é importante manter a intensidade, ou você está desdenhando do livro.