O site Deadline realizou uma entrevista com Michael Burns, vice diretor da Lionsgate, durante a conferência Produced By, evento que reúne diversos profissionais do mundo da TV e do cinema.
Na matéria, Michael fala sobre as expectativas em relação a Jogos Vorazes e sobre sua intenção de realizar outros trabalhos com Jennifer Lawrence.
Confira a entrevista completa traduzida:
Michael Burns da Lionsgate sobre se manter ágil, entrando no assunto Jennifer Lawrence: Conferência Produced By
A Lionsgate teve um ano muito bom e o vice-diretor Michael Burns, que falou hoje na conferência Produced By da PGA, atribui isso a se manter ativo, aceitar as mídias sociais e bancar Jennifer Lawrence – coisas que ele diz que vão continuar a fazer. O maior sucesso do estúdio, Jogos Vorazes, alcançou 400 milhões de dólares domesticamente nesse fim de semana. “O sonho de qualquer estúdio é ter franquias,” ele disse, já pensando na estreia de Jogos Vorazes na China em 60, até 70, telas IMAX. Ele também aposta que a sequência lucrará ainda mais já que a trilogia de livros está se expandindo internacionalmente. “Nós mitigamos nosso risco com pré-vendas internacionais,” ele diz. A Rússia também está se tornando um grande mercado. “Muitos anos atrás, se alguém dissesse que a Rússia seria um território enorme, eu teria dito: ‘Você andou fumando? ’ “Mesma coisa com a China.” Mas questionado se a Lionsgate vai assumir distribuição mundial, a resposta foi um “não” definitivo. “Gostamos de nos manter na língua inglesa. Fora do país pode ser muito difícil. Em alguns países, por exemplo, não podemos demitir nem contratar pessoas.”
Burns também acredita no conteúdo digital, citando “Orange is the New Black” do criador de Weeds, Jenji Kohan, para a Netflix. “Desde que você controle a qualidade do conteúdo, realmente não importa a plataforma – transmissão digital, compras em TV a cabo, streaming de vídeo no Netflix – crie bons conteúdos e simplesmente não importa.”
Mas quando vamos direto ao ponto, a filosofia de Burns para um filme de sucesso ainda é bem básica: “Saiba quem vai aparecer no fim de semana de estreia. Esse negócio pune agora, tem o sim e o não, e você precisa ter um segmento ou quadrante que apareça no fim de semana de estreia. Veja só a franquia Jogos Mortais. Os filmes de Tyler Perry não são caros de fazer. Não é sobre tamanho ou orçamento, mas sobre um gancho de mercado.” Uma área que a Lionsgate planeja evitar no momento: “Grandes filmes de família são muito improváveis. Ano passado, gastamos 30 milhões de dólares lançando Warrior, era um filme ótimo, mas não conseguimos que ninguém fosse.” O filme arrecadou 13 milhões domesticamente.
Burns admite que os melhores textos do mercado estão na televisão – e que a TV dá mais lucros. “Se eu fosse escritor, ou produtor, ou um produtor-diretor, estaria focado na televisão. Na TV a cabo, você pode escrever o que quiser.” Apesar de Burns ter se recusado a falar sobre Mad Men, por medo de uma represália de Matthew Weiner, ele mencionou o inédito Os Mercenários, que ele especulou que pode também ser uma série de TV; a conclusão da Saga Crepúsculo; O Jogo do Exterminador, que ele vê como uma potencial franquia; e ele está certo que a Lionsgate “fará mais alguma coisa com Jennifer Lawrence. Acreditamos que há uma enorme oportunidade para protagonistas femininas”.