Nessas horas que antecedem o lançamento do tão aguardado trailer de Jogos Vorazes, ninguém consegue se concentrar direito em mais nada. Então, para aumentar um pouco mais o desespero geral, a Vanity Fair publicou em seu site uma entrevista com Gary Ross – o diretor do filme -, em que ele revela detalhes de como foi trabalhar com Jennifer Lawrence e Suzanne Collins e a sua expectativa para o filme. Leia a tradução na íntegra abaixo:
Diretor de Jogos Vorazes Gary Ross sobre a Atuação Poderosa de Jennifer Lawrence: “É como olhar para um Alto-Forno.”
Krista Smith: Me fale — como você entrou em Jogos Vorazes?
Gary Ross: Eu li o livro. Meus filhos me apresentaram a ele e eu enlouqueci. Acho que cerca de 1 ano atrás. Eu literalmente o li e disse: “Eu tenho que fazer o filme.”E o que está sendo a melhor parte até agora?
Você dificilmente consegue um ponto de apoio que tenha essa profundidade tão emocional, esse personagem que você pode mergulhar tanto dentro. O personagem de Katniss é… incrível. Suzanne [Collins, a autora dos livros,] fez um trabalho incrível e pintou uma personagem tão vívida que eu acho que para mim e Jen… Foi realmente excitante todos os dias. Não apenas do ponto de vista puramente cinematográfico, mas também realmente em termos de profundidade da atuação e explorar a personagem.Como você conseguiu Jennifer para interpretar Katniss?
Eu era apenas um fã. Quando você faz o que eu faço, a qualquer hora você vê um ator como este emergir —Eu acho que todo mundo meio que bateu a cabeça, sabe? Tanto em Inverno da Alma e outros trabalhos que ela fez, eu estava sempre muito consciente dela. E então tive uma reunião com ela, e eu estava tão impressionado, e então ela veio e leu para nós e meio que me surpreendeu. Mas eu não fiquei totalmente surpreso, porque cho que um ator como esse aparece, você sabe, a cada geração.Eu a vi em Poker House — aquele filme louco de Lori Petty. Minha amiga Selma Blair interpretou a mãe, e então aconteceu de eu ir à uma triagem e me lembro vir com, “Quem é essa garota?”
Exatamente. Você tem essa resposta para tudo — mesmo em Um Novo Despertar, você diz, “Oh meu Deus.” Ela tem tanta profundidade, tanto poder — ela tem tanto que está em seu controle mesmo em uma idade tão precoce.Elizabeth Banks me falou que ela tinha lhe escrito uma carta dizendo que gostaria de interpretar o papel em Alma de Herói.
Ela realmente me escreveu também desta vez, me falando o quanto ela amava Jogos Vorazes e que ela queria interpretar Effie, o que fazia muito sentido. Liz fez um trabalho fantástico.Você também tem Josh Hutcherson no papel de Peeta.
Ele meio que me lembra de um jovem Jack Lemmon. Há essa versatilidade incrível para ele, ele é sábio além de sua idade, ele é um tipo de maduro para sua idade, e há realmente uma tal facilidade natural para sua atuação. Ele é tão à vontade.Você foi nomeado para quatro Oscars, existe um tipo diferente de coisa quando você entra e você assumir este tipo de…
Parte da cultura pop?Com certeza.
Bem, é realmente apenas uma responsabilidade para o material. Em primeiro lugar, minha responsabilidade é com Suzanne e os leitores para lhes dar a mesma experiência que eles tiveram quando leram o livro. Ou segundo, mesmo que não seja a mesma experiência, lhes dar uma espécie de mesmo sentimento visceral que tiveram quando eles leram o livro. Eu sou um fã dos livros, por isso as minhas expectativas são tão altas como a de todos os outros — eu amei tanto o material que eu queria fazer-lhe justiça. Portanto, não é realmente tão estranho, porque você quer viver à altura do que o potencial do livro é. E eu senti a mesma coisa com Alma de Herói. Essa é realmente a maior expectativa.
Portanto, em termos do que seja a cultura e tudo mais, há pressão? Não há mais pressão do que eu me coloco para corresponder às expectativas do que Suzanne fez.Ela estava no set para tudo isso?
Sim, ela veio para o set, mas também escrevemos o roteiro final juntos. Eu escrevi um rascunho, e então Suzanne e eu nos demos incrivelmente bem, e fizemos outra proposta subseqüente, a versão final juntos. Ela é maravilhosa.Quando você faz a maioria dos seus roteiros?
Primeira coisa quando levanto de manhã. Eu caio na cadeira, normalmente às sete horas da manhã. Provavelmente escrevo das sete ao meio-dia todos os dias, e então eu vou meio que fazer uma pausa e então editar o resto do dia quando estou fazendo um primeiro esboço. Gosto de meio que chegar lá antes que tenha a chance de falar com muitas pessoas e tenha outras coisas invadindo o dia — quando estou mais revigorado.Eu estou lendo o livro agora — me disseram que uma vez que você começa, você não consegue mais parar.
Totalmente verdadeiro. E, também, [Katniss é] apenas uma personagem tão convincente, e sua luta e sua evolução é tão bonita, e é isso que eu estou dizendo. Você vê a personagem surgir e crescer e tem muita força, ela é uma personagem muito importante para as crianças, porque começa puramente em uma luta pela sobrevivência, e até o final da história, ela descobre que há muito mais. [Há] coisas mais importantes do que simplesmente sobreviver — como, o que significa realmente viver?E Jennifer é justamente uma ótima opção para isso.
Ela tem comando e controle do que está fazendo, o que é um puro poder emocional — é como olhar para um alto-forno às vezes, e ele literalmente pode arremessar você de volta para seu assento. E o resto do elenco, Stanley Tucci e Donald Sutherland e Woody Harrelson, foram surpreendentes. Eu fiquei completamente feliz.
Comentários
2 respostas para “Gary Ross sobre o filme: “minha responsabilidade é com Suzanne e os leitores””
”Em primeiro lugar, minha responsabilidade é com Suzanne e os leitores para lhes dar a mesma experiência que eles tiveram quando leram o livro.” Gary Ross. Desmaiei mil vezes *uuuuuuuuuuu*
“Em primeiro lugar, minha responsabilidade é com Suzanne e os leitores para lhes dar a mesma experiência que eles tiveram quando leram o livro.”
Todo diretor de adaptação meio que fala isso, mas eu realmente espero que o Gary Ross faça jus ao que está falando e à série. O cara tem uma boa fama, então dá para ficar confiante. O problema é que é uma adaptação. E adaptações sempre têm seus problemas. Só espero que sejam probleminhas e não problemões (que palavra plural estranho, provavelmente nem existe).