Diretor de Em Chamas, Francis Lawrence agradou muito aos tributos brasileiros depois da estreia do filme na última sexta feira. Em entrevista aos ScreenCrave, o diretor falou sobre a produção juntamente com a produtora Nina Jacobson, em que eles relatam as semelhanças entre Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança.
A entrevistadora ainda pergunta a Nina sobre o que ela achou atraente nos livros. A Francis, perguntou sobre qual a parte do roteiro que foi mais difícil de adaptar.
Confira abaixo a entrevista traduzida pela equipe do D13.
Entrevista: Francis Lawrence e Nina Jacobson para ‘Jogos Vorazes: Em Chamas’
Tradução por Gabriel Abernathy
Quando se lida com uma franquia monumental como Jogos Vorazes, há uma certa porção de pressão que vem com o trabalho. Francis Lawrence é um hábil cineasta que trabalhou em filmes como Eu sou a Lenda e Água para Elefantes. Agora ele está seguindo os passos de Gary Ross com a sequência ‘Jogos Vorazes: Em Chamas’. Ele ingressou ao lado da produtora Nina Jacobson, a qual o ajudou a manter a estética do filme anterior. ScreenCrave falou com a dupla sobre o processo criativo e como eles montaram esta história imensamente esperada.
Quais semelhanças nós vamos notar entre o inicial Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança?
Francis Lawrence: Uma das coisas das quais eu quis me certificar foi que ainda existisse uma unidade estética para todos os filmes. Eu achei que Gary fez um excelente trabalho com a construção do mundo em Jogos Vorazes, então nós trabalhamos com o mesmo designer de produção para ter certeza de que tudo ainda seria construído com mesma arquitetura, que o Distrito 12 ainda tivesse quase que a mesma sensação dos Apalaches de 1930. Nós vamos fazer a mesma coisa com A Esperança. O divertido de A Esperança é que nós, na verdade, chegamos a ver a Capital de uma maneira completamente nova. Nós estaremos no meio das ruas da Capital, o que será fantástico. Mas nós trabalhamos com a equipe de design de produção para ter certeza de que ainda houvesse uma unidade estética ao longo de todo o processo.
Nina Jacobson: Eu acho que o coração desses filmes é o ponto-de-vista de Katniss, e nós continuamos a focar, firmemente, na visão dela. Eu acho que é isso que sempre dará a consistência do início ao fim, porque ela é uma personagem complexa; ela se transforma, mas meio que nos mantém no chão ao longo da série. Este filme abriu várias novas oportunidades para nós, porque nós passamos muito mais tempo na Capital e nós temos uma arena que é por si só o oponente ao invés de os personagens serem inimigos deles mesmos. Francis foi capaz de expandir o mundo enormemente enquanto ainda permanecia bem fiel ao que era tal personagem, permanecendo emocionalmente honesto ao que o primeiro filme englobou.O que você achou de tão atraente nos livros e em seus temas políticos que você conseguiu traduzir para os filmes?
Nina Jacobson: Uma das coisas que eu acho que Suzanne tentou passar para os livros e pela qual os atores têm sido realmente inspirados é fazer-nos perguntar o que aconteceria se essas coisas realmente acontecessem. Mesmo que seja um futuro distópico e mesmo que seja um filme para passar o tempo com pipoca – baseado em um livro que muitas pessoas amam –, nós tentamos nos perguntar como você poderia ser afetado por esses eventos se acontecessem com você? Não se eles acontecessem com você no livro, não se eles acontecessem com você no filme, mas se eles realmente acontecessem com você. Subsequentemente você vê os efeitos neles como seres humanos, a maneira com que humanos são afetados por violência e por guerra.Houve alguma parte no roteiro que você achou que seria particularmente difícil de adaptar?
Francis Lawrence: Isso é um tanto quanto divertido pra mim, a tentativa de desvendar o quebra-cabeça que é fazer um filme é realmente a parte divertida. Eu sabia desde cedo que a arena nesse filme era um local que teria de ser realmente compreendido. É um lugar que não existe em lugar nenhum no mundo, e então nós teríamos de construir parte dela e filmar em diferentes partes de diferentes locações. Acabou que nós construímos a ilha e a cornucópia em Atlanta e, infelizmente, em uma água de 4,4°C. Então os atores tinham de pular para dentro e fora dela. Aí nós fizemos a selva no Havaí, mas eu sempre vejo esses momentos na produção de filmes como um desafio muito divertido.
Comentários
Uma resposta para “Francis Lawrence e Nina Jacobson falam de “Jogos Vorazes: Em Chamas” em entrevista”
Coitados dos atores que tiveram que gravar na água a 4,4ºC.