A renomada revista americana Entertainment Weekly publicou recentemente através de seu site uma crítica para a trilha sonora comercial de Em Chamas.
A crítica detalha desde o processo de filtragem dos artistas que participaram do álbum até as músicas que o compõem (dando uma atenção especial a “Gale Song,” composta por The Lumineers, e “Atlas”, composta por Coldplay). A trilha sonora recebeu a nota B+.
Escrita por Nick Catucci, a matéria pode ser conferida logo abaixo na tradução do D13:
Tradução por Vito Magarão
O próprio Presidente Snow invejaria o controle exercido pelos chefes da trilha sonora aqui, na The Hunger Games: Catching Fire Soundtrack. Os artistas nessa companhia de Em Chamas, de Coldplay até uma banda de duo indie-pop chamada Phantogram, foram pedidos para escrever fanfics em forma de música, e os editores revisaram as versões “demo” para se certificarem de que as letras feitas combinariam com os livros. (A cantora Lorde de “Royals”, fiel ao excepcionalismo que ela cultiva tão rigorosamente, fez um cover da música “Everybody Wants to Rule thw World” da banda “new-romantic” Tears for Fears)
Portanto, não – a ”Gale Song”, feita pelos Lumineers, não dá a entender que alguma coisa vai acontecer entre Gale e Effie. Em vez disso, ela prova como um movimento pode tornar uma música extensão de uma marca: ” Eu não vou lutar em vão / Eu vou te amar do mesmo jeito”, Wesley Schultz canta sobre a balada inchada, encontrando um encantador falsete na última palavra.
Fazer uma série de mercado de massa “YA” em letras de música convida ao absurdo banal. E como a história de Katniss, essas músicas soam pouco animadoras (A supervisora de música de Crespúsculo, Alexandra Patsavas, assumindo o encarregado do filme anterior, T Bone Burnett, manteve a vibe desolada do original de 2012 — o que popularizou o hit “Safe & Sound” de Taylor Swift e Civil Wars e vendeu quase meio milhão de cópias). Pior cenário: “Atlas” de Coldplay, com o seu refrão “I’ll carry you wooooorld” esticado como uma avenida derrapante. E o irritante e rabugento “Lean” feito pelo National, “Who We Are” pelo Imagine Dragons, e o cover exagerado de Lorde fará você proteger o seu ouvido contra tiros de canhão.
Mas o melodrama “meio-tempo” coloca mais grandes vitórias em foco do quê derrotas. Lá fora, a estrela R&B Weeknd, temporariamente fora da batida sexy- calamitosa, contribui com o arejado e lindo ”Devil May Cry” e se junta a Sia no mini-banger, Diplo-produzido, “Elastic Heart”. Ellie Goulding assombra o quarto frio nem ”Mirror”; Antony and the Johnsons conjuram um “Angel on Fire” tremulo, e ninguém menos que Patti Smith oferece a coisa mais próxima licenciada sob o manto de Jogos Vorazes em forma de poesia: ”A rebelião é um coração, quebrando como a aurora / Explodindo em canção, explodindo em canção”, ela entoa em ”Capitol Letter”, depois de sussurrar “Katnisssss”. Se nenhuma dessas músicas atordoar você, por favor, ouça “We Remain” de Christina Aguilera, uma “balladzilla” em par com “Beautiful”, e uma das doses mais justas de elevação este ano, em qualquer plataforma. Rebelde? Nah. Mas é, sem dúvida, de todo o coração.
Nota: B+