Em uma nova entrevista à MTV (disponibilizadas aqui e aqui), o diretor Francis Lawrence fala sobre diversos detalhes de Em Chamas, o segundo filme da série Jogos Vorazes e que chega aos cinemas em 22 de novembro deste ano.
Francis falou sobre as mudanças que ele fez na sequência, algumas cenas do filme e IMAX, os atores, A Esperança e outros tópicos!
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“Em Chamas” brilha com a visão de Francis Lawrence
Diretor fala com a MTV News sobre substituir Gary Ross e sobre os desafios do tamanho de uma arena que encarou
Certamente não é um novo fenômeno um diretor sair de uma querida franquia de filmes no meio do caminho. Muitas séries já tiveram vários guias (“Harry Potter” e “A Saga Crepúsculo” vem à mente), ainda assim foi um choque para os loucos fãs de “Jogos Vorazes” quando Gary Ross decidiu não voltar para a sequência “Em Chamas”. Mas como dizem em Hollywood, “O show deve continuar.” E continuou com o novo maestro Francis Lawrence (“Água para Elefantes”), que também dirigirá o final em duas partes “A Esperança”.
Como parte da prévia da MTV News dos filmes mais quentes de 2013, nos sentamos com Lawrence para conversar sobre substituir Ross, escolher Finnick e os desafios de uma arena na selva.
Dominando
Com apenas um ano e meio até o lançamento de “Em Chamas” nos cinemas, Lawrence pegou o bonde andando. E enquanto ele teve poucos problemas em construir por cima da visão de Ross, entrar em uma família de filme já estabelecida foi outra questão.
“Eu gostei muito do que Gary fez, mas eu tenho um estilo diferente do dele,” explicou Lawrence. “Então para mim foi muito fácil entrar e sentar com as pessoas envolvidas no filme e dizer, ‘Aqui está o que eu gostei do que Gary fez que eu manteria firme, e aqui está o que eu faria diferente.’ O mais difícil, sinceramente pra mim, foi entrar em um mundo, e há membros da equipe que estavam no primeiro filme, obviamente um elenco inteiro, todas as pessoas retornando que eu herdei. Eu fiquei nervoso com o que elas sentiriam… Acho que todos em geral foram muito graciosos e trabalharam muito e acabaram sendo muito divertidos de trabalhar junto. Eu acho que algumas pessoas ficaram muito chateadas com a saída de Gary e tinha menos a ver com a minha escolha do que com a falta de Gary. Eles assinaram com Gary; eles são amigos de Gary; eles gostam de Gary. E eu acho que definitivamente houve tristeza.”
Finnick está melhor do que bom
Quando Lawrence herdou a franquia “Jogos Vorazes”, ele também herdou a responsabilidade de escalar o maior sonho de “Em Chamas”: o tributo do Distrito 4 Finnick Odair. Por um tempo parecia que todos os atores com menos de 35 anos estavam nos rumores de participar, mas foi a estrela de “Branca de Neve e o Caçador” Sam Claflin que no fim das contas carregaria o tridente. Muitos fãs não estavam muito certos com a escolha de Claflin, mas Lawrence garantiu que o ator de 26 anos atingirá as expectativas.
“[Claflin] é muito atlético, o que é ótimo. Ele está em ótima forma. Ele é muito carismático,” disse Lawrence. “Mas eu também estava procurando a longo prazo. Há uma qualidade forte nele no livro. E a longo prazo, ele é um personagem emocional e muito leal e que está apaixonado; um personagem que passou por muitas tristezas. E ele realmente pode acertar isso, assim como ser encantados e sexy e bonito demais.”
Polindo Haymitch
Outro item na lista de afazeres de Lawrence foi conversar com o ator Woody Harrelson para refinar mais sua abordagem do mentor alcoólatra do Distrito 12 Haymitch Abernathy. Harrelson contou anteriormente a MTV News que ele tinha forçado mais embriaguez do que Ross permitia – algo que, junto com o estresse pós-traumático de Haymitch, o ator e o diretor tiveram que observar mais de perto.
“Uma das coisas que queríamos aprofundar… é toda a ideia do estresse pós-traumático, e uma das grandes coisas para [a autora] Suzanne [Collins] é a ideia das consequências da guerra como um dos principais temas de toda a série,” disse Lawrence. “Uma das coisas que eu realmente gosto no livro é que você começa a ver por quê Haymitch é como é, por quê as pessoas são como são, então eu trabalhei bastante com isso, de entender o estresse pós-traumático e como trabalhar com alguém que sofre disso. Também começamos a brincar bastante com a verdadeira humanidade de Haymitch, porque às vezes ele pode ser bem cínico e sarcástico. Mas eu acho que ele tem um lado mais humano nesse.
Loucura de arena
Apesar de “Em Chamas” trazer os tributos de volta à arena, é uma arena muito diferente, que trouxe seus próprios problemas para Lawrence.
“A parte da arena é bem difícil… Só porque o centro da arena onde fica a cornucópia, a água e os pedestais. A praia circular com a selva em volta não existe, então tivemos que montar tudo junto,” ele explicou. “E você sabe que mesmo que filmar no Havaí pareça muito divertido, é bem difícil quando estamos na praia com as ondas e marés. Nosso set foi levado pela maré um dia e aí… Filmar na selva co insetos e lama e chuva. Os dias são curtos, então não temos muito tempo e temos que carregar câmeras IMAX de 45kg.
Corte final?
Depois de filmar na Geórgia e no Havaí, a produção de “Em Chamas” foi encerrada em dezembro. Lawrence já começou o longo processo de montar o filme, mas está longe de terminar.
“Algumas sequências são cortadas,” ele disse. “Ainda faltam algumas coisas que não vi, só porque há muita coisa filmada e como estávamos tendo semanas de seis dias, foi muito difícil para o editor do filme ficar em dia com o que fazíamos. Muita coisa já foi montada, mas ainda não me sentei para ver de ponta a ponta.”
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Entrevista de Francis Lawrence sobre “Em Chamas”: Material bônus
Sobre se ele ligou para Gary para pedir conselhos
Não, não, nunca falei com Gary sobre nada. Só porque eu tinha Nina [Jacobson], a produtora, e Jon [Kilik], o produtor, e [a autora] Suzanne [Collins], e muitas pessoas com grande conhecimento do material, especialmente Suzanne. Uma das primeiras coisas que fiz quando consegui o trabalho – acho que cinco ou seis dias depois – foi entrar em um avião para Nova York e me sentar com Suzanne, e ela e eu basicamente lemos o livro juntos. E criamos um rascunho durante três dias que se tornou a base do roteiro.”
Sobre se há grandes mudanças do livro
Não, na verdade não, eu diria que é uma adaptação muito fiel. Sabe, quando se está adaptando algo que é uma leitura de 12 ou 14 horas para cerca de duas, há alguns cortes. Definitivamente cortamos coisas. Não quero falar sobre isso, mas fizemos com Suzanne, e eu diria que é muito, muito fiel. Nós tentamos colocar o máximo que conseguimos.”
Sobre as cenas das quais ele sente mais orgulho
“É interessante porque é um borrão bem pequeno – quero dizer que é um parágrafo no livro – mas no momento na arena quando o Idealizador começa a girar a Cornucópia, e sinto muito orgulho disso. Criamos uma sequência muito legal e uma ilha giratória, e será muito, muito legal. Então é bem divertido e único. Nunca vi nada assim. É legal.
Uma das primeiras coisas que filmamos que eu gostei bastante foi, há uma certa despedida antes de ela entrar na arena com Liam que eu gosto bastante. E na verdade – nós filmamos porque precisávamos de folhagem e flores de verão e coisas assim. Nós a filmamos quando estávamos na fase de preparação. Primeiro fomos até a campina, lá nas montanhas no norte da Geórgia e filmamos essa sequência por três ou quatro horas e eu realmente gostei. Jennifer e Liam estão muito bons nela. É muito boa.”
Sobre se os rumores de IMAX são verdade
“Sim, a ideia é misturar os formatos. Mas sim, a ideia é que a arena seja no formato IMAX para que assim que você entre no elevador ela se abra.”
Sobre se a natureza jovial dos atores cria problemas
“Quer saber? Acho que o processo poderia ser divertido, mas acho que fazer filmes é muito difícil. E é muito estressante e acho que a maioria de nós entrou nessa indústria porque é divertido fazer filmes. Eu acho que devia continuar sendo divertido. E é um grupo muito divertido e talentoso. Eu diria que ocasionalmente, uma ou duas vezes, as coisas ficaram meio bagunçadas no set. Tivemos que tirar todo mundo porque distrai um pouco. Ou você diz com simpatia, ‘Ei, pessoal, por quê não tiramos isso do set e vamos pra outro lugar?’ E digo que se você tiver o combo Jen, Josh e Woody juntos pode ser uma completa confusão.”
Sobre “A Esperança”
“Nina, Jon, Suzanne e eu passamos pelo livro e criamos o rascunho. E começou passando por tudo isso e marcando nossas ideias iniciais de quais seriam os momentos e como as coisas se desenvolvem. E Danny Strong, que está escrevendo o primeiro, está trabalhando agora. Então sim, já fizemos um bom trabalho. Estamos começando a pensar em onde podemos filmar e coisas assim.”
Comentários
Uma resposta para “Diretor Francis Lawrence conta detalhes de “Em Chamas” em nova entrevista”
Nossa mega anciosa e cada vez mais confiante com FRANCIS LAWRENCE 🙂
imagine a bagunça do Josh,Jen e Woody..kkk