Roteirista Danny Strong fala sobre “A Esperança”

Em outubro do ano passado, noticiamos que Danny Strong havia sido escolhido para roteirizar Jogos Vorazes: A Esperança. Quatro meses mais tarde, a Lionsgate confirmou Strong já havia recebido sinal verde para começar a trabalhar no roteiro da segunda parte, uma vez que sua garantia nos dois filmes dependia da aprovação do rascunho de A Esperança: Parte 1.

Entre esses dois acontecimentos, o roteirista comentou brevemente à Entertainment Weekly sobre seu trabalho na franquia Jogos Vorazes. Agora, para a alegria dos fãs, ele revela um pouco mais sobre o roteiro dos dois últimos filmes da série e também sobre seus outros projetos – como O Mordomo, de Lee Daniels – em uma entrevista inédita concedida ao Crave Online.

Confira-a abaixo na íntegra, já traduzida pela equipe do D13:

Roteirista ganhador do Emmy, Danny Strong, explica por que Gerald Ford e Jimmy Carter foram cortados de O Mordomo, de Lee Daniels

Danny Strong sempre foi um de nossos atores favoritos em Buffy, a Caça Vampiros. Ele se tornou um roteirista de sucesso vencendo o Emmy com os filmes da HBO, Recount e Virada no Jogo. Ele escreveu O Mordomo, de Lee Daniels, baseado em um mordomo da Casa Branca que serviu vários presidentes. Forest Whitaker interpreta o mordomo do presidente Eisenhower até Reagan, enquanto seu filho se junta ao movimento pelos direitos civis. Strong também escreveu os roteiros de Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 e Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 2 e está adaptando O Símbolo Perdido, de Dan Brown. Nós conseguimos falar com Strong por telefone um dia antes na estréia de O Mordomo, de Lee Daniels.

Você está se movendo para um território um pouco diferente fazendo adaptações de grandes franquias literárias. A Esperança já era dividido em duas partes quando você foi contratado para fazê-lo?
Sim.

Então você se debruçou sobre o livro pensando em onde a primeira parte deveria acabar?
Eu realmente não posso falar muito sobre isso, mas vou lhe dizer que eles estavam procurando por um escritor para A Esperança e já sabiam que o filme seria dividido em duas partes, então parte do meu trabalho era saber como eu escreveria as duas partes. Mas eu só fui contratado para escrever a primeira parte e depois de entregá-la, eles me contrataram para escrever a próxima.

Ah, então você poderia ter sido contratado somente para a primeira parte?
Sim.

Isso é interessante. Então o quão diferente é fazer as partes de A Esperança e O Símbolo Perdido de fazer roteiros histórico-políticos?
Eu fui perguntado sobre isso e não sei realmente como responder por que toda vez que me deparo com uma folha de papel em branco, ou toda vez que estou reescrevendo, é sempre igual para mim, até certo ponto. Só estou tentando fazer funcionar. Só estou tentado fazer com que as cenas funcionem. Sempre tem seu conjunto único de desafios dependendo de que história é. No caso das históricas, há um desafio porque você é, como roteirista, de certo modo preso pela história. Ao mesmo tempo, se a história não for muito fascinante, então você provavelmente não estaria fazendo o filme em primeiro lugar, eu não gostaria de fazer o filme. Então, há tantas coisas ótimas, e o mesmo pode ser dito para os romances. Os romances você pode mudar mais, dependendo do livro. Em alguns livros você tem mais liberdade para usar a criatividade e em alguns livros você tem menos porque A, os livros são ótimos. Você quer usá-los tanto quanto puder, e B, eles são tão populares que não estão abertos à interpretação. Eu fiz adaptações que não eram de tão alto nível em que mudei um pouco. Cada adaptação tem seus próprios e únicos desafios.

Mas você não tem essa liberdade com Jogos Vorazes ou com Dan Brown, certo?
Bom, eu não vou realmente especificar como eu fiz a abordagem destes porque não estou autorizado.

Claro, eu só quis dizer que estes não são os tipos flexíveis. Você deve ser uma boa escolha para O Símbolo Perdido porque Dan Brown inclui muitos dados históricos. Você está bem acostumado em transformar isso no visual de um filme?
Sim, eu acho que sou, por isso ele me procuraram. Eu adaptei um thriller histórico para a Warner Brothers, um livro chamado A Conspiração de Papel, um romance de David Liss, muito bom, realmente muito bom livro. É ficcional, mas se passa durante a bolha econômica de 1719 em Londres, é um thriller de mistério sobre um assassinato. Eu acho que na verdade foi o roteiro que escrevi para este livro que me levou a ser considerado para O Símbolo Perdido.

Algum destes projetos ainda não realizados está ganhando mais atenção agora que você é o aclamado roteirista de O Mordomo, de Lee Daniels, e de Virada no Jogo?
Não, na verdade não. Sempre é difícil. Com A Conspiração de Papel, todos realmente gostaram do roteiro. Foi muito bem recebido. Virada no Jogo ainda não tinha sido lançado. Eu já tinha escrito Virada no Jogo, mas ele ainda não tinha sido feito quando escrevi aquele roteiro, mas é difícil até que se consegue que cada um dos filme seja feito. Sério, é tão difícil. Cada um deles é uma escalada.


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Comentários

Uma resposta para “Roteirista Danny Strong fala sobre “A Esperança””

  1. Avatar de Karen Araki
    Karen Araki

    O Danny Strong para mim sempre vai ser lembrado como o Doyle do Gilmore Girls, porém eu já tinha uma idéia que ele era bom roteirista, e o filme que ele roteirizou chamado o mordomo já considerado um grande favorito ao oscar. Eu acredito que o roteiro de a esperança parte 1 parte 2 esteja em boas mãos.