Francis Lawrence fala sobre “A Esperança: Parte 1” em entrevista à revista americana

Já estamos em contagem regressiva para a estreia de A Esperança: Parte 1. Faltando menos de dez dias para o início da venda dos ingressos para a estreia e a ansiedade está a flor da pele.

Enquanto o dia tão esperado não chega, uma forma de acalmar os ânimos são as novidades sobre a adaptação que vão sendo divulgadas. Depois de alguns vídeos e imagens, o diretor Francis Lawrence concedeu uma entrevista a Tara Bennett da Sci Fi Magazine. Responsável pela direção de Em Chamas e dos dois filmes de A Esperança, o diretor revelou algumas informações sobre a construção e filmagens de A Esperança: Parte 1. Além disso, Francis contou sobre a mudança da protagonista Katniss, além das aparições de Peeta e Johanna no filme.

Confira abaixo a entrevista traduzida pela equipe do D13.

Tradução por Nathalia Campos

Francis Lawrence sobre a alteração de como mostrar a vulnerabilidade da Katniss em A Esperança: Parte 1
A gente já estava filmando há cinco semanas quando Em Chamas foi lançado e a gente podia ver e sentir a reação que as pessoas tiveram ao final do filme. Alterou o jeito que nós mostramos a personagem e seu estado mental. Mesmo que ela esteja danificada, é mais sobre modular o tipo certo de dano para que você ainda tenha uma forte determinação, raiva e suspeita. É balançar tudo isso com a fragilidade porque não tem muita fragilidade naquele olhar no final de Em Chamas, então foi sobre encontrar uma nuance nos danos que ela sofreu. Eu tenho que dizer que a Parte 1 foi provavelmente um dos filmes mais complexos que eu fiz em termos de rastrear o estado emocional de uma personagem. É tão específico e você tem que tomar cuidado para não ir pelo caminho errado – não porque é culpa de ninguém -, mas é realmente sobre fazer as escolhas certais para ir pelo caminho certo. Mas eu acho que a Jen fez um ótimo trabalho e eu estou realmente satisfeito.

Lawrence sobre a aprovação completa e participação de Suzanne Collins nas mudanças que foram feitas em A Esperança
Tivemos muito a fazer com a criação da Coin com a Suzanne, a escritora e também coma Julianne Moore. [Suzanne] está cheia de histórias do passado sobre as personagens e elementos mitológicos, então tem muita informação. Enquanto estava filmando Em Chamas, eu e ela nos sentávamos nos fins de semana e folheávamos A Esperança. Nós dividimos o livro juntos e ela escreveu as bases enquanto estava trabalhando com Peter Craig, que fez a maioria do trabalho no roteiro. Ela está sempre aberta para expandir, o que é divertido e eu acho que ela gosta de imaginar as coisas que estão acontecendo junto com os livros.

Lawrence tem cuidado para revelar sobre o quanto veremos de Peeta e Johanna na Capital.
Nós jogamos um pouquinho sobre o que nós vemos do que está acontecendo com eles. Eu acho que conseguimos chegar num ponto que parece certo pra mim. Definitivamente filmamos mais do que usamos.

Ele também, obviamente, não vai falar onde acontece a divisão dos filmes, mas diz:
[Os dois filmes] dizem algo diferente e essa é uma das razões pelas quais a divisão funciona. Eu acho que são duas histórias distintas dentro de uma história maior, então, tematicamente, cada um é um pouco diferente. Tratava-se de entender onde é o final da Parte 1, que conta a história apropriadamente. Isso nos dá um intervalo e, com esse intervalo, nós brincamos um pouco sobre onde ele é exatamente e para qual efeito, mas eu estou muito feliz com o jeito que a Parte 1 termina.