Para aquecer ainda mais a divulgação de A Esperança: Parte 1, o site oficial The Hunger Games Exclusive publicou uma entrevista com a produção dos dois últimos filmes da série.
Na entrevista, é explicada a participação de Peter Craig (Atração Perigosa) no roteiro, que foi escrito inicialmente por Danny Strong (Virada no Jogo, O Mordomo da Casa Branca). Strong deixou o roteiro devido a outros compromissos, deixando os retoques finais para Craig.
O diretor Francis Lawrence (Em Chamas, Água Para Elefantes) comenta sobre a produção simultâneas dos dois últimos filmes: enquanto a primeira parte está em pós-produção (quando efeitos especiais e trilha sonora são inseridos, montagem final é realizada etc.), A Esperança: Parte 2 está em filmagens na Europa. Lawrence, então, deve fluir de um filme para o outro para auxiliar tanto na pós-produção quanto nas filmagens.
Ainda, A produtora Nina Jacobson está ansiosa para mostrar dois momentos de A Esperança: Parte 1 aos fãs. O primeiro é quando Katniss Everdeen chega no Distrito 8 e diz: “Se queimarmos, você queimará conosco”; já o segundo é sobre a tão aguardada cena da Árvore-forca, pois “Francis [Lawrence] e Peter [Craig] criaram uma incrível maneira de transformar um momento forte no livro em um grande momento no cinema.” Por fim, ela ainda insinua qual será o momento final do terceiro filme, confirmando os rumores.
Confira a entrevista abaixo, digitada pelo D13:
Mesa redonda com os diretores
O making of de A Esperança – Parte 1
Por Clarissa Batista
‘Será que vai dar para tirar um cochilo em algum momento?’ pergunta Jennifer Lawrence com uma risada gutural apenas alguns segundos depois de um ‘Corta!’ ecoar nos sets de Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1. O diretor Francis Lawrence balança vigorosamente a cabeça e então diz com um sorriso astuto: ‘Sem chance.’ É o 77º dia de filmagem – apenas a metade dos 152 dias que eventualmente levarão elenco e equipe para Paris e Berlim – e as brincadeiras entre as tomadas ajudam a manter a moral da equipe.
Bem-vindo a Panem, depois do tumultuado Massacre Quaternário. Na verdade, os 10 estúdios nessa enorme área de mais de 13 hectares fica em Atlanta. Onde exatamente? A locação rural é altamente secreta e para colocar os pés na propriedade você primeiro deve saber a senha exigida pelos seguranças. A princípio, o que acontece nos sets de A Esperança – Parte 1 é segredo absoluto. Ao contrário dos dois primeiros filmes da épica série distópica, este filme acontece, na maior parte, no subsolo. Muitos dos cenários são sombrios, até mesmo claustrofóbicos. Em um dos cenários, um enorme circuito de túneis molhados e sujos – grandes o suficiente apenas para se atravessar agachado – se estende por quase 4 metros e meio. De certa forma o cenário parece uma arena empoeirada de um futuro Jogos Vorazes.
Apenas 100 metros de distância está uma grandiosa escadaria de aço de doze metros de altura, de onde dezenas de cidadãos do Distrito 13 – incluindo Gale, Katniss e sua irmã Prim – serão retirados depois de um ataque da Capital. Do lado de fora, na área de baixo, uma cratera maior do que uma quadra de basquete , repletas de barras de ferro penduradas , espera por um retoque final. Caminhões de cascalho e concreto triturado foram trazidos para formar seu alicerce. Amanhã, milhares de rosas recém cortadas serão jogadas por cima dos escombros, com os cumprimentos do presidente Snow, é claro.
Agachado na frente de dois monitores com as mangas da camisa xadrez enroladas até os cotovelos e uma barba de alguns dias, Francis Lawrence dirige com segurança. Ele está bastante calmo para um diretor que está dividindo seus dias entre A Esperança – Parte 1 e a sequência final do filme. Para complicar as coisas ainda mais, o diretor e a equipe ainda têm que lidar com o alto padrão que estabeleceram. Jogos Vorazes: Em Chamas – amado por fãs fiéis ao redor do mundo – tornou-se a maior bilheteria dos cinemas em 2013 na América do Norte.
Perto dele, o roteirista Peter Craig – com um laptop sempre apoiado em seus joelhos – faz anotações no script e dá conselhos enquanto as ações se desenrolam. Quando a atriz Natalie Dormer, como Cressida, acerta de primeira uma delicada fala sobre as complexidades da Capital, o diretor e o escritor trocam um animado sinal de joia com as mãos. Craig herdou o bastão do roteirista Danny Strong, que trabalhos nos scripts iniciais, mas teve que sair devido a outros compromissos. Fechando o trio responsável pela realização do filme está a produtora Nina Jacobson, uma das principais figuras do set, que bebe em uma garrafa plástica onde está escrito ‘Ração Emergencial de Água do Distrito 13’. Claramente, todos aqui são refugiados da realidade pelos próximos meses.
‘Graças a Deus nos divertimos muito’, diz Francis Lawrence, que compartilha com o ator Josh Hutcherson uma música do produtor/DJ TNGHT no seu iPhone durante o intervalo. (Entre as cenas, o elenco jovem tende a agrupar-se carinhosamente ao redor da figura quase paterna de Lawrence.) ‘Mas somos abertos e honestos também. O trabalho se torna mais colaborativo dessa forma.’
Uma manhã, antes do início das gravações, o diretor, o roteirista e a produtora reuniram-se para planejar todos os detalhes da gravação do dia, dos mais recentes membros do elenco até um inesperado fugitivo da Capital. E sobre estarem dividindo o livro final A Esperança em dois filmes? Eles falam sobre isso também.
Vocês estão filmando dois grandes filmes de uma vez só. Qual é o maior desafio disso, além dos longos dias?
Francis Lawrence: Devido à enorme amplitude do trabalho, estamos ao mesmo tempo preparando, gravando, cortando… Ah, e estamos pesquisando também – isso tudo está acontecendo ao mesmo tempo e em três países diferentes, mas na maior parte do tempo focamos no planejamento de A Esperança – Parte 1 e há três semanas mudamos para A Esperança – Parte 2.Deve ajudar poder ver a história inteira se formando ao invés de filmar dois filmes em anos separados.
Nina Jacobson: A vantagem ainda é que apenas um livro e fazendo tudo isso de uma vez só somos capazes de saber onde os personagens estão em relação a onde eles devem estar. Principalmente, uma vez que existem grandes transformações nesta história para Katniss, Peeta e Gale.Vamos falar sobre Katniss. Na cena final de Em Chamas é difícil saber o que ela está sentindo. Como ela está agora?
Francis Lawrence: A primeira cena de Em Chamas é a primeira vez que você realmente começa a perceber o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT) na vida de Katniss. Quando você chega em A Esperança, isso atinge seu limite. Ela está em pânico e não consegue dormir. Ela mal consegue manter-se inteira com tudo isso. Juntando o fato de que agora ela realmente não confia em ninguém a sua volta. Ela se sente traída por Haymitch e por Plutarch. Ela também se sente perdida sem Peeta. Ela está muito, muito frágil e com muita, muita raiva.Katniss também é nossa narradora e vemos tudo através das lentes dessas emoções.
Peter Craig: A Esperança é o livro mais voltado para dentro de Katniss de toda a série e, ainda assim, vemos muito mais de Panem e do mundo que a cerca. Ela literalmente (e no sentido figurado) não vê isso acontecendo, mas todo mundo está esperando por ela e torcendo para que ela esteja viva. Eles estão contando com ela para mudar o mundo. É ao mesmo tempo altamente instigante e estressante segui-la enquanto ela tenta entender o que está acontecendo – e assume essa nova identidade fora da arena. Esta foi a parte mais divertida pra mim, como roteirista. Suzanne inventou essa personagem verdadeiramente complexa, que ainda é uma jovem, mas agora tem o peso do mundo nas costas.Essa pressão sobre Katniss para salva a civilização aumenta a intensidade de A Esperança a um nível totalmente novo.
Francis Lawrence: Sim, os riscos são sempre altos nessa história e em A Esperança – Parte 1 o mundo inteiro se abre. Os ‘Jogos’ se foram e a ameaça de opressão permeia tudo em Panem. Você verá locações inteiramente novas com sequências de ações muito grandes enquanto a revolta se espalha por todos os distritos. Trata-se realmente de um filme gigantesco.Nós também conhecemos novos personagens, como Alma Coin – Líder do Distrito 13. O que precisamos saber sobre ela?
Francis Lawrence: a visão singular da Coin pra unir todos os distritos em uma rebelião maciça não é uma pequena missão, especialmente quando a maioria dos distritos não faz a mínima ideia de que o Distrito 13 ainda existe. Seu relacionamento com a Katniss também é bastante complicado, pois a essa altura, Katniss desconfia de todo mundo. Julianne [Moore] fez um ótimo trabalho ajudando a tramar o caráter de Coin.
Peter Craig: Sua interpretação de Coin é feita com tanta inteligência e vivacidade; qualquer um iria querer ser leal ao personagem que ela criou.Todos vocês – o elenco e a equipe – veem trabalhando juntos por muito tempo. Houve a preocupação de que os novos membros do elenco não se encaixassem?
Francis Lawrence: Ah. Eu me sentia como o aluno novo na escola no início de Em Chamas. Mas é fácil dar-se bem com a Jen, Josh e Liam e todo o pessoal. Mas quando estávamos escolhendo o elenco, eu pensava, ‘Será que essas novas pessoas vão se dar bem com todo mundo?’ Passamos muito tempo juntos e é interessante ver como todo mundo se encaixou.Effie Trinket não aparece muito no livro A Esperança, mas…
Francis Lawrence: Ela está de volta! No livro Fulvia basicamente a substitui. Mas agora, quem pode substituir Elizabeth Banks como Effie Trinket nestes filmes? Quando Suzanne Collins viu Em Chamas, ela ligou e uma das primeiras coisas que ela disse foi, ‘Não tem como Effie Trinket não estar nos filmes A Esperança.’ Effie traz tal conforto, diversão e leveza para estas histórias sombrias. Ela é como peixe fora d’água neste filme e os fãs irão adorar como ela se adaptou ao mundo do Distrito 13.
Nina Jacobson: O que torna Effie interessante é que ela não quer estar lá. Diferente de Plutarch, ela não quer ser parte de uma revolução. Ela teve que ser convencida a ajudar e ela faz isso por motivos pessoais e não políticos.Plutarch e Effie são expatriados muito interessantes da Capital.
Francis Lawrence: Nem todo mundo que cresceu na Capital é uma pessoa má. Este é o filme onde Phil [Seymour Hoffman] nos mostra quem Plutarch realmente é e ele está ótimo nesse filme, abusando do senso de humor e das manobras políticas de Plutarch.Existe um rumor de que você vai completar as cenas inacabadas de Philip Seymour Hoffman com CGI.
Francis Lawrence: Nós terminamos a maior parte do trabalho dele. Acho que ele só tinha de 8 a 10 dias inacabados na nossa agenda. Na maioria dessas cenas, Phil não tinha nenhum diálogo. O colocaremos nestas cenas, mas usaremos apenas imagens já gravadas. Não criaremos nada digital ou nenhuma versão robótica dele.
Nina Jacobson: Tivemos que reescrever as cenas de diálogo que ele deixou e não há dúvidas que gravar tais cenas sem ele é doloroso. Podemos dar uma fala de Plutarch para Haymitch ou Effie, mas somente se isso não for comprometer a intenção da cena.Falando no Haymitch, ele traiu Katniss em Em Chamas. Como isso afeta o relacionamento deles?
Peter Craig: Haymitch e Katniss têm uma dinâmica maravilhosa, porque sua relação é conturbada no início do filme, mas no final é como uma relação de pai e filha. Eu sempre gostei de escrever as cenas entre os dois.Nina, conte pra gente uma cena no filme que você mal pode esperar para que todo mundo veja.
Nina Jacobson: Quando Katniss vai ao Distrito 8 e diz, ‘Se nós queimarmos, você queimará conosco.’ Pela primeira vez ela vê o impacto que ela tem sobre as pessoas. Aqueles momentos em que Katniss assume o que e quem ela realmente é me dão arrepios. Ah, e estou animada para com o que esses dois sonharam para ‘Árvore-Forca.’ Francis e Peter criaram uma incrível maneira de transformar um momento forte no livro em um grande momento no cinema.Fale um pouco do processo de colaboração. Peter, você esteve no set em 70 dos 77 dias.
Peter Craig: Eu não quero trabalhar com outras pessoas nunca mais! Todos nós confiamos muito uns nos outros e eu nunca tive com um grupo de pessoas onde todos fossem tão inteligentes e tivessem tanto a dizer. Francis e Nina são tão bons em focar as nuances do personagem – não importa o quanto está acontecendo e quão grande é uma sequência de ação, é sempre sobre o personagem. Chegamos a um ponto onde todos nós sabemos o que o outro está vislumbrando – até mesmo com a Suzanne.
Francis Lawrence: Peter trabalhou nos dois scripts, para A Esperança – Parte 1 e 2. Nós decidimos que seria bom para ele vir e estar aqui durante as gravações, assim podemos continuar trabalhando em pesquisas com os atores e desenvolvendo a história. Nós vamos para casa juntos, conversamos nos finais de semana sobre o que vai acontecer na cena seguinte e fazemos pequenas alterações. Estamos constantemente trabalhando.Peter, como um romancista, o que você traz da adaptação de um livro para o filme?
Peter Craig: Respeito pelo romance e pelo processo de conversão de um livro em um roteiro. Eu adaptei alguns de meus próprios romances e sei o quão diferente eles são dos roteiros. Tanto Suzanne quanto eu temos muito respeito pelo processo.Qual foi o maior obstáculo no processo de tirar o romance das páginas para a tela?
Peter Craig: Como eu disse, o livro é extremamente íntimo. Você simplesmente não pode fazer um filme tão obtuso, como Katniss se torna em algumas partes desse livro. Mas esta foi uma oportunidade e não uma desvantagem total. Continuamos muito centrados em Katniss e é ela quem ainda guia completamente o filme, mas o interessante é que ainda conseguimos relacionar o arco dela com o que está realmente acontecendo em toda Panem e chegamos a fazer paralelos com outros distritos. Suzanne nos ajudou criando momentos ou coisas que no livro foram mencionadas apenas de passagem, com uma ou duas frases, talvez.
Francis Lawrence: Há uma estrutura que Suzanne estabeleceu nos livros que você pode desmontar para criar duas histórias separadas. Como precisávamos expandir o mundo em A Esperança, podemos realmente trabalhar nessas duas histórias, o que é muito animador.Obviamente todo mundo quer saber como você dividiu o livro em dois filmes. Podemos ter alguma pista?
Nina Jacobson: A primeira metade do livro é claramente uma história sobre tentar resgatar Peeta. Emocionalmente, Katniss foi traída. Ela é uma estrangeira em uma terra desconhecida. Ela sabe que as pessoas estão esperando que ela faça uma mudança, e este é o momento que ela percebe que não pode ficar parada sem fazer nada. Snow tem aprontado muito. Houve muita decepção e as pessoas que Katniss ama estão em perigo. Ela vai fazer o que tiver que fazer para mantê-las em segurança.
Comentários
7 respostas para “Entrevista inédita revela final de “A Esperança: Parte 1” e mais detalhes do filme”
Acho que o filme A Esperança -Part.1 deveria terminar na cena em que a Katniss leva um tiro……..seria empolgante e daria um enorme suspense e nos deixaria muito anciosos para a parte 2.
Concordo.Katnnis sendo baleada vai ser muito …ai não sei como dizer.Mas sei que mesmo tendo lido o livro vou ficar entusiasmada.Preferia só um filme mas vamos ver o que o futuro nos reserva.Quero o trailer.E mano imagina a Effie no 13.LOUCA PRA VER.
Bjs e qe Jesus abençoe ele ama muito vcs e os quer bem
Acho q podia terminar quando ela encontra o Peeta e ele a enforca.
Acredito que vai terminar quando ela encontrar o Peeta depois do resgate dele..!
tbm concordo q faz mais sentido a 1ª parte terminar na cena q a Katniss leva um tiro no D2, pois justamente essa cena fico no meio do livro se naum me engano…
Simplesmente P-E-R-F-E-I-T-O.
Qual é essa cena da NOZ por favor me relembre não consigo me recordar. agradeço!!