[Reportagens] Jennifer Lawrence na W Magazine

Nesta semana, o site da revista W liberou um ensaio fotográfico e uma entrevista com a atriz Jennifer Lawrence, capa do mês de outubro. Confira algumas fotos do ensaio fotográfico abaixo e clique sobre elas para ampliar:

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Confira a reportagem da W na íntegra traduzida pela equipe do D13:

Jennifer Lawrence está pronta para o papel de sua vida: ser a próxima grande estrela americana do cinema

Jennifer Lawrence tem só 22 anos, mas já foi indicada a Melhor Atriz no Oscar, por Inverno da Alma, e estrelou duas franquias de sucesso. Ela ficou nua e azul como Mística em X-Men: Primeira Classe, e em Jogos Vorazes interpretou Katniss Everdeen, a grande heroína de uma era distópica. Em novembro, ela estrelará Silver Linings Playbook, uma comédia romântica sobre pessoas com danificadas emocionalmente.

Você interpreta uma viúva meio maluca em Silver Linings. Tecnicamente, você é muito nova para interpretar essa personagem. Você teve que fazer uma audição?
Sim. Mas nem liguei. As pessoas sempre tem medo que eu seja errada para o papel: geralmente sou muito nova – ou, no caso de Katniss, eles me achavam muito velha. Eu era loira e Katniss é morena. Tantos problemas. Muitas coisas que nós jogamos pra debaixo do tapete.

O clímax de Silver Linings é uma grande cena de dança com Bradley Cooper, que interpreta seu potencial namorado. Você sabia dançar antes desse filme?
Sou uma péssima dançarina [risos]. Não tenho muitos talentos: não sei cozinhar, não sei limpar, e não sei cozinhar. A única coisa que eu faço bem é atirar com arco e flecha – que eu aprendi para Jogos Vorazes e provavelmente nunca vai ser útil – e atuar. Imagine-me 100 anos atrás: eu seria inútil.

Você podia atuar! Entretanto não haviam filmes como X-Men nessa época. Você teve que ficar nua e azul para a audição de X-Men?
Não para a audição, mas houve um momento em que eu pensei que teria que pintar meu rosto e falar no Skype com o diretor, e disse não. O primeiro teste em que me pintaram de azul levou oito horas de maquiagem. Eu ficava em pé, deitada, ou sentada em um banco de bicicleta nua enquanto eles me pintavam. Não sobrou nenhuma modéstia em mim depois de X-Men – fiquei azul em lugares que eu nem sabia que existiam. Depois, tinha que andar nua, com escamas nas minhas partes íntimas, cercada de homens. Isso te cura de todas as inibições.

Você acabou odiando azul?
Na verdade, não, mas deixei a cor em todos os lugares. O hotel em Londres não devolveu meu depósito de segurança porque eu deixei a banheira deles azul. Eu também fiz isso com um monte de assentos sanitários no set. Chamávamos isso de “ser Misticado”.

Depois de filmar X-Men, você foi direto para a loucura do Oscar. Você se divertiu na cerimônia?
É uma honra e um elogio imenso, mas também é uma coisa bizarra. De repente você está nessas festas e todo mundo é famoso, e você se sente uma perdedora. Quando chegou o Oscar de fato, eu estava tão cansada de provas de roupas e corpetes e pessoas me perguntando “O que você vai vestir?” Eu tive que fazer uma dieta, porque em todas as festas tem champanhe e canapés. Eu comi tanto! Acho que usei dois Spanx na noite da premiação.

Quando você estava no Oscar, já sabia que ia estrelar Jogos Vorazes?
Minha mãe falou sobre Jogos Vorazes no tapete vermelho do Oscar, algo que eu disse a ela milhões de vezes para não fazer. Ela é como Dina Lohan! – mas ela tem bom gosto.

Assim que você conseguiu o papel de Katniss, começou a treinar. Eu li em algum lugar que você é tão boa no arco e flecha que poderia competir nas Olimpíadas.
Eu realmente adoro arco e flecha. Eu poderia matar alguém com uma flecha se a pessoa ficasse parada! Com Jogos Vorazes, eu fiquei muito nervosa por assinar com uma franquia enorme. Fiquei com medo que Katniss superasse qualquer outra personagem que eu tentasse fazer. Mas eu adoro Katniss, e ela não dominou tanto da minha vida quanto eu achei que faria.

Tiffany em Silver Linings é bem diferente de Katniss. Ela é desafiadora e inicialmente irritante. Você precisa gostar de uma personagem para interpretá-la?
Não. Não preciso gostar – muita gente não gosta de si mesma. É legal não ser empática para o público. É libertador não ter que trazer o público pro seu lado.

Você começou tão nova – você  veio para LA quando tinha apenas 15 anos. Um dos seus primeiros filmes foi The Poker House, e sua personagem no filme é estuprada. Foi traumatizante?
Não. Eu escondi o roteiro de The Poker House dos meus pais para poder fazer a audição. Quando consegui o papel, era tarde demais: Eles já tinham me deixado fazer. Durante a filmagem da cena do estupro, minha mãe estava lá. Eu estava ok com aquilo. Eu era muito corajosa na época – o tipo típico de teimosia que vem com ser adolescente. Eu comecei sem medo algum, e agora estou apavorada.

Isso não é verdade.
É e não é: Você se torna mais ciente de sua mortalidade conforme envelhece. Quando você é pequena, pula em qualquer cavalo selvagem. Aí fica um pouco mais velha e percebe o quanto a vida é frágil, e fica mais cuidadosa.

Você parece tão velha. Você tem 22 anos!
Já passei por muita coisa. Quer dizer, fiquei nua e fui pintada de azul! [risos] Sinceramente, muita coisa aconteceu em pouco tempo.

Seus sentimentos sobre a indústria dos filmes e Los Angeles mudaram?
Infelizmente, não posso mais viver em Los Angeles. Não entendo como os atores conseguem. Você não tem vida aqui. É seguido em todos os lugares. Não é como lugar nenhum do mundo. Não quero ficar em LA e começar a pensar que essa é a realidade – porque é muito longe do normal. Mas ainda adoro filmes. Só terei que adorar estar neles vivendo no Kentucky, ou Praga, ou qualquer outro lugar.


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Comentários

Uma resposta para “[Reportagens] Jennifer Lawrence na W Magazine”

  1. Avatar de Gabriela Lins

    Ela está certa de não morar em LA