Diretor Francis Lawrence fala sobre Philip Seymour Hoffman

Em uma edição passada da revista Entertainment Weekly, o diretor Francis Lawrence prestou uma homenagem ao ator Philip Seymour Hoffman, falecido de overdose em fevereiro de 2014.

O relato do diretor é importante ao detalhar o Philip Seymour Hoffman de trás das câmeras: “tímido, solitário, engraçado, e incrivelmente inteligente”. Sobre a percepção de Hoffman sobre os personagens, Lawrence comenta: “Sinceramente, acho que aprendi mais sobre atuação com ele do que com qualquer um com quem já trabalhei.”

Leia o artigo na íntegra, traduzido pelo D13:

Philip Seymour Hoffman por Francis Lawrence

Phil era complicado: tímido, solitário, engraçado, e incrivelmente inteligente. Ele também era durão. Quando trabalhamos juntos pela primeira vez em Em Chamas (de 2013), ele tinha, como a maioria dos grandes atores, um mecanismo de defesa. Ele estava meio que testando a água até ver o resultado do trabalho. Havia algo muito exato no que ele esperava dele e das pessoas ao seu redor. Mas quando funcionava, ele ficava muito satisfeito.

Depois do primeiro filme, havia um nível diferente de confiança e respeito que começou a render pessoalmente nos filmes de A Esperança. Nós falávamos sobre filhos e família, mas falamos muito sobre história. Sinceramente, acho que aprendi mais sobre atuação com ele do que com qualquer um com quem já trabalhei. Ele sempre estava buscando a humanidade em tudo. Era isso que ele buscava e essa era uma das coisas que fazia dele um grande ator. Essa é a dinâmica que ele pode trazer para seu personagem e para o mundo desses filmes [de Jogos Vorazes]. Nas mãos erradas, Plutarch [Heavensbee] poderia ter sido um personagem caricato da Capital, mas ele queria descobrir como fazer de Plutarch uma pessoa real. A maneira como ele trabalhava uma cena foi diferente de qualquer ator que já vi. Foi bem incrível. Sou muito grato por ter tido a chance de trabalhar com ele.


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