TOP13: motivos que fizeram de “Jogos Vorazes” um sucesso

A chegada do mês de março, para os fãs de Jogos Vorazes, é muito especial, afinal ela marca o aniversário de um ano de lançamento do filme nos cinemas. Esse evento possibilitou que não apenas quem já conhecia a série de Suzanne Collins visse o resultado da adaptação para as telonas de um mundo que já conheciam, mas também que muitas pessoas conhecessem a série e se apaixonassem por ela. Logo, o que já era conhecido, se tornou um sucesso. Mas quais as razões para isso acontecer? Por que tantas pessoas gostam tanto dos livros e do filme? Tentando responder essas perguntas, o D13 traz um TOP13 com 13 motivos que tornaram Jogos Vorazes um sucesso!

13- História original

Uma protagonista mulher de 16 anos que cuida da sua irmã caçula e da sua mãe doente desde a morte de seu falecido pai é obrigada a participar de um jogo em que outras crianças e adolescentes matam uns aos outros para o divertimento de uma população alienada. Muitos contestam este fato, comparando, principalmente, o primeiro livro da série com a obra japonesa Battle Royale. Contudo, ainda que as duas histórias tenham suas similaridades, o universo de Suzanne Collins conta uma história diferente, com um tom mais político e crítico dedicado exclusivamente ao seu público-alvo.

12- Boas referências

A ideia dos Jogos Vorazes é baseada no mito grego de Teseu, em que 7 homens e 7 mulheres eram enviados ao labirinto do Minotauro após a derrota de Teseu na guerra contra o rei Minus. Lembrou algo? Além disso, a política romana do pão e circo (ou Panis/Panem et circenses no latim) é vista de forma literal nos livros. Ainda, Jogos Vorazes parece ter um pouco do clássico infanto-juvenil O Senhor das Moscas, onde meninos náufragos ficam presos numa ilha e têm de lidar com as divergências entre eles e disputar a liderança do grupo de formas brutais. Já o sistema político-opressor de Panem lembra o do Grande Irmão, de 1984, com o cerceamento do pensamento individual. Na Londres de Admirável Mundo Novo, o condicionamento de bebês e a divisão da sociedade em castas são realizados graças ao alto nível de tecnologia, que aparece também em Panem com seres vivos de corpo e psique geneticamente modificados. E, por último, mas muito provavelmente não a última referência, temos em Laranja Mecânica o protagonista Alex tendo seu comportamento agressivo e doentio modificado pelo governo, lembrando de longe o que acontece com Peeta Mellark.

11- Final inesperado (Alerta de spoiler!)

Suzanne Collins consegue surpreender seus leitores com finais inesperados em todos os livros da trilogia, o que ajudou os leitores a ficarem surpresos e mantê-los muito curiosos para o que aconteceria. Contudo, não podemos deixar de dizer que o que mais surpreendeu foi o final dado para a série em si. Quem não ficou de queixo quando as bombas aparecem do céu e matam uma das personagens mais amadas e a principal razão de viver de Katniss? Ou quem não soltou alguns palavrões quando no exato momento em que a personagem principal da série finalmente teve sua chance de acabar com o inimigo que destruiu sua vida ela muda a direção da sua flecha? E o desfecho da maioria dos personagens? A autora fez que a história seguisse um rumo que ninguém imaginava, o que tornou a série ainda mais interessante, ainda que não tenha agradado a muita gente.

10- Grande editora

Para o sucesso de um livro, é sempre importante o bom trabalho da editora responsável pela sua publicação. E a obra de Suzanne Collins deu muita sorte ao conseguir a editora estadunidense Scholastic. Ela é especialista em publicações voltadas para crianças e adultos jovens (YA), possuindo os direitos de publicação, além de Jogos Vorazes, de séries como Harry Potter (apenas a publicação norte-americana), 39 Clues e sem contar As Crônicas do Subterrâneo, da própria Suzanne. Sem dúvida, o tamanho e a especialidade da Scholastic ajudaram muito na divulgação dos livros. Desde o primeiro momento em que os editores coloraram seus olhos neles, acreditaram em seu potencial e cuidaram para que o livro se tornasse conhecido pelo maior número de pessoas possível. Foi exatamente o que conseguiram, uma vez que os três livros da trilogia se tornaram best-sellers e, em 2010, dois anos após a publicação do primeiro livro nos Estados Unidos, os direitos de publicação haviam sido vendidos para 38 países.

09- Personagens marcantes

Os personagens da série também são elementos importantes para o sucesso que Jogos Vorazes se tornou, começando pela própria protagonista da série. Katniss é diferente da maioria das garotas de 16 anos que aparecem em livros, não apenas por ela viver em uma sociedade diferente, mas porque ela é forte, caçadora, racional, não pensa em possíveis amores e, além disso, é bastante apegada a sua família. Apenas com a jovem, Suzanne Collins já teria feito o papel de marcar os leitores. Contudo, ela vai além ao apresentar personagens que são engraçados, como Effie e seu jeito da Capital, ácidos e sarcásticos, tal Haymitch e Johanna, meigos, assim como Prim e Cinna, ou mesmo calculistas e frios, vide o Presidente Snow e a Presidenta Coin. Cada um dos leitores pode encontrar personagens com quem se identificaram ou mesmo odiaram, mas que, de uma maneira ou de outra, passaram a amar e que estarão sempre em seus pensamentos.

08- Estúdio preocupado com os fãs

Muitos fãs não devem ter ouvido falar na produtora Lionsgate antes de Jogos Vorazes. Antes do lançamento do primeiro filme, a produtora era considerada um pequeno estúdio de filmes da América do Norte. Entretanto, com seus empresários vendo o potencial sucesso dos filmes baseados nas obras de Suzanne Collins, teve sua equipe reestruturada para lidar com a divulgação e orçamento dos filmes. E qual o método mais eficaz de garantir o sucesso de uma série de livros best-seller do que mostrando aos fãs a fidelidade do filme ao material original e, ainda, promovendo na internet uma divulgação de dar inveja em muitos grandes estúdios, como Fox, Warner Bros. e Disney? Pois é isso que a Lionsgate faz com a série Jogos Vorazes, o que faz com que seja muito querida pelos fãs.

07- Diretor que também é fã

Gary Ross conseguiu o cargo de diretor e roteirista de Jogos Vorazes graças ao fato de ser um grande fã da série. O diretor leu a trilogia após seus filhos insistirem que ele lesse os livros. E, claro, Gary se apaixonou pelo que foi criado e escrito por Suzanne Collins. Assim, sendo um fã, ficou muito mais fácil saber o que os outros fãs gostariam de ver nas telas, como, por exemplo, a rápida aparição do gato Buttercup no filme, que poderia facilmente ter sido cortado. Gary também sabe perfeitamente o tom que os personagens deveriam ter nas telonas, o que ajudou no desenvolvimento da trama e poupando tempo desnecessário em tela.

06- Melhor casal

Não podemos deixar de mencionar o fato de que uma das coisas que tornaram Jogos Vorazes um sucesso foi o casal formado por Katniss e Peeta. Os motivos para torná-los tão especiais poderiam ser resumidos em dois. O primeiro é a história deles: do momento da ajuda de Peeta com os pães até o jogo do Verdadeiro ou Falso. A história é bem diferente do que normalmente se esperaria de um livro para jovens, uma vez que é cheia de problemas, divergências, dúvidas. Afinal Katniss, na maioria das vezes, pouco se importa com seu coração e segue, no lugar, seu pensamento do que traria menos problemas. O segundo motivo é a personalidade dos dois, que foge do convencional encontrado em muitos livros, uma vez que Peeta é o mais sensível entre os dois e Katniss é mais racional, mostrando inversão dos papéis normalmente associados ao homem e a mulher.

05- Produção de renome

Para um filme orçado em torno de US$75 milhões, Jogos Vorazes conseguiu uma baita de uma equipe para o filme. O roteiro do filme,  por exemplo, contou com a ajuda da autora dos livros da série, Suzanne Collins, que é também roteirista. A produtora Nina Jacobson já esteve na equipe de filmes da Disney, até que foi demitida e fundou a sua Color Force, produtora aliada à Lionsgate para se responsabilizar por Jogos Vorazes. A trilha sonora do filme iria ser composta pelo parceiro de Tim Burton, Danny Elfman. Contudo, Elfman teve de sair da produção por conflitos de agenda para então entrar ninguém menos que James Newton Howard. Já o diretor de fotografia nomeado a um Oscar Tom Stern é também parceiro dos filmes dirigidos por Clint Eastwood, o que por si só diz muita coisa. O decorador de cenário Larry Dias trabalhou em A Origem, Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra e Transformers. E, por último, temos Judianna Makosvky, quem criou os figurinos de Jogos Vorazes e também de Harry Potter e a Pedra Filosofal e X-Men 3: O Confronto Final.

04- Críticas e temas

Os livros da trilogia de Suzanne Collins estão longe de ser apenas uma longa discussão sobre com quem a protagonista deve ficar no final. Como os leitores podem perceber, a autora apresenta uma série de temas diferentes, na maioria das vezes, os criticando. Por exemplo, ao apresentar a Capital como um local em que seus habitantes parecem não se importar com nada além da sua aparência e assuntos superficiais, Collins parece criticar, na voz de Katniss, não apenas a sociedade do futuro, mas a nossa própria, que, por mais que alguns prefiram acreditar que não, é mais similar com o que é vivido em Panem do que se pode pensar. Além dessa, ainda podemos ver críticas em outros aspectos, como a população viciada nos reality shows, as desigualdades sociais, a manipulação de pessoas em diferentes aspectos, entre outros.

03- Elenco de peso

O elenco de um filme é, antes de tudo, a cara de um filme. Se o elenco não funciona bem, a história torna-se artificial. E esse com certeza não é um dos problemas de Jogos Vorazes, que tem um elenco conhecido por conta de grandes filmes. A protagonista Jennifer Lawrence é um exemplo: ganhou um Oscar neste ano e desde 2011, ao receber sua primeira indicação na premiação, tem sido a queridinha de Hollywood com suas excelentes performances nos filmes em que participa. Josh Hutcherson é conhecido na indústria cinematográfica desde mais jovem, quando fez ABC do Amor e Ponte Para Terabítia. Em seguida vem Woody Harrelson e Stanley Tucci, ambos com indicações ao Oscar. Por último, temos a bastante conhecida Elizabeth Banks, visto que ela fez participações em diversas séries de TV e filmes de comédia.

02- Efeito “Harry Potter”

A série Harry Potter cultivou milhões de fãs durante anos, e portanto deixou milhões de “órfãos” com o lançamento do último filme nos cinemas em julho de 2011. Jogos Vorazes estava em filmagens nessa época e recebendo uma considerável atenção da mídia, atraindo o público na fase pós-Potter com a promessa de uma boa história e de mais alguns anos acompanhando diariamente notícias relacionadas a livros e suas adaptações cinematográficas. Outro grupo de fãs que atualmente tem colaborado para o sucesso da série é de Crepúsculo, cujo último filme da série foi lançado no final de 2012. Então, Jogos Vorazes pegou o embalo dos dois fandoms e é o sucesso que é hoje.

01- Melhores fãs!

Como não poderia deixar de ser, qualquer filme ou livro não seria um sucesso sem seus fãs e os de Jogos Vorazes certamente são os melhores! E por que dizemos isso? Oras, porque todos são dedicados e ativos, além de bastante unidos (talvez a única divergência significativa seria com quem Katniss deveria ter ficado). Sem a divulgação em massa da série feita pelos fãs através das redes sociais antes do lançamento do filme, com certeza Jogos Vorazes não seria o que é hoje. Por isso, que a sorte continue sempre ao nosso favor! Feliz Jogos Vorazes, tributos!