Resenha mensal: Cidade das Sombras

Hoje nós vamos falar de um filme que, embora muita gente não saiba, também foi inspirado num livro. Cidade das Sombras é o tipo de história que gera discussão na hora de você dizer se é distopia ou não, e eu, particularmente, acho que é.

O filme conta a história de Lina Mayfleet (Saoirse Ronan), que mora com a irmã Poppy e com a avó numa casinha humilde na cidade de Ember. O que sabemos, no entanto, desde o início, é que existe uma caixa de metal muito antiga que foi programada para continuar fechada durante 200 anos (não, não estou exagerando). Isso porque Ember, a cidade onde Lina vive, é completa e totalmente subterrânea, ela foi construída para se sustentar desse jeito (familiar?)

Há 200 anos, quando a Terra possivelmente já estava à beira da própria extinção, os governantes tomaram uma medida drástica e isolaram um grupo de pessoas – pessoas que são, no filme, os antepassados de Lina e toda a população de Ember.  Essas pessoas foram morar em uma cidade completamente diferente das demais. Durante anos, décadas, nenhuma delas viu o sol, seus filhos nunca conheceram o mar, nada disso era meramente possível. A cidade inteira e tudo o que conheciam funcionava sob a energia dos geradores, que foram programados para gerar luz durante 200 anos. Para os habitantes, não existe no mundo, qualquer outro lugar iluminado, e além das fronteiras da cidade haveria apenas Regiões Desconhecidas, das quais nenhum aventureiro jamais voltou.

Lina é uma menina esperta, e está na idade de ser designada para algum trabalho específico. Sem dar spoilers, o que dá pra saber é que ela sonha em ser mensageira, alguém que envia recados a pé. Otimista, espera realmente que consiga essa tarefa, mas é impossível dizer, o governo é sempre quem escolhe pelas crianças e adolescentes (esse é um dos motivos que me fizeram achar que o filme é uma distopia, mas aí é com você – caso queira concordar ou discordar). Além disso, o governo também não explica direito como era o antes – se havia de fato céu ou se ele era apenas uma lenda. Lina de algum modo sente que parte daquilo tudo pode sim ser real, mas não entende como nem por que sente isso.

Até que… ela encontra a caixa. E veja bem, já se passaram de fato 200 anos. Junto de seu mais novo amigo Doon Harrow (Harry Treadaway), Lina se convence de que realmente existe uma saída da cidade, que as luzes não foram programadas para durar apenas dois séculos a toa. E que argumentos existem para refutar essa teoria, não é mesmo?

É um filme que me surpreendeu muito. Eu vi há um tempo, assisti sem esperar nada e acabei gostando tanto que procurei loucamente pelo livro para poder ler. Descobri que é uma série de livros, mas no Brasil só lançaram o primeiro mesmo (em 2005….). Super recomendo para quem quer curtir uma aventura que faz refletir e pensar. O final é bom, e chega a fazer você querer uma continuação – principalmente se você gostou tanto quanto eu.

http://www.youtube.com/watch?v=rNKBfNiUVqY

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Comentários

2 respostas para “Resenha mensal: Cidade das Sombras”

  1. Avatar de Lohayne
    Lohayne

    Eu particularmente amo “Cidade das Sombras” e estou doida querendo os livros. É uma pena só ter um lançado em português, mas acho que vale a pena mesmo assim correr atrás. Amo a história, os personagens e gostaria muito de saber como continua. Queria mesmo que tivessem os próximos.

  2. Avatar de Thalita
    Thalita

    vi a matéria aqui e assisti o filme, realmente muito legal.. pena que os livros da continuação só tem em inglês. mas valeu pela dica D13.