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Resenha mensal: Apocalipse Z

A ideia era começar a primeira resenha da parceria do ConversaCult com o Distrito 13 falando de Battle Royale. Porém, a dificuldade de encontrar o livro no Brasil atrapalhou muita coisa e nós mudamos de ideia. Vamos começar com a indicação de uma trilogia: Apocalipse Z.

Para quem sabe o mínimo, tem ideia de que Apocalipse Z é de zumbis e vai se perguntar: por que eu, fã de Jogos Vorazes, vou gostar desse livro? Não deixe os mortos-vivos te enganarem, essa é uma das trilogias que eu li mais parecidas com Jogos Vorazes (e não estou falando de plágio). E por que eu estou indicando a trilogia inteira? Porque você precisa dos três livros para perceber o quanto é parecido.

Apocalipse Z é, basicamente, sobre um mundo em que o vírus se espalha e a população inteira se transforma em zumbis. No meio disso, um advogado e seu gato precisam dar um jeito de sobreviver. Fazendo isso, eles passam por todo tipo de situações, inclusive distopias.

Apocalipse Z e Jogos Vorazes: Situação adulta vs. Compreensão adulta

A trilogia Apocalipse Z é quase o tempo inteiro mais adulta do que a de Jogos Vorazes. Você está sendo guiado pelos pensamentos de um cara mais velho vivendo um inferno e a narração das partes com os zumbis são tão boas que choca (eu li direto o primeiro livro e depois só queria viver em um mundo colorido). A partir do segundo livro, o lado “cabeça” da história também começa a ganhar força, trazendo questionamentos sobre os homens, suas ações e o mundo. Porém, surpreendentemente, é Suzanne Collins que fica com o troféu “adulto” quando se trata de desfecho. Isso porque ela foca muito na destruição que toda a situação de horror e violência causa na pessoa, enquanto esse lado em Apocalipse Z (e em 98% das histórias) não é tão trabalhado assim. Isso é bom, porque aqueles que não gostaram do final da trilogia Jogos Vorazes vão gostar do final da de Apocalipse Z (se alguém quiser saber: eu gostei muito dos dois finais).

Os fãs de Jogos Vorazes que gostam da ação e querem ver os questionamentos gerais de um modo mais cru, até mais próximo da nossa realidade, vão encontrar isso em Apocalipse Z. Porém, a descrição é simples e incrivelmente visível, o que é ótimo, mas acaba sendo meio forte*, porque é descrição de gente caindo aos pedaços (aka zumbis) ou sendo despedaçada. E há um detalhe que me fez gostar mais do livro, mas muita gente não gosta, que é o uso de palavrões. Mas o que você ia esperar dos pensamentos de um homem sozinho fugindo de um monte de zumbis?

*Não sei se eu me acostumei ou foi por causa da diminuição, mas não achei tão forte nos outros dois livros.

Apocalipse Z não é só zumbis

Apocalipse Z, independente de Jogos Vorazes, é uma das minhas preferidas. Há um monte de detalhes interessantes, como o fato de que você passa quase o primeiro livro inteiro só com um personagem e nem se dá conta, ou de que só quando você termina de ler e vai comentar que percebe que não sabe o nome do personagem. E o gato dele não é esses de desenho da Disney, mas graças à narração do personagem acaba ganhando vida própria.

“- Não acredito – respondi, sem tirar os olhos das cavalas recém-pescadas que estava limpando. – Sei que no fundo você gosta dele; e além dos mais, o gato não é meu. Acho que Lúculo pensa que todos nós pertencemos a ele.”

Além disso, o personagem não é nada clichê, passeia pela cidade infestada de zumbis em uma roupa de neoprene, com um gato folgado dando ataque e não tem muito do senso de herói. Eu adoro o lado sincero que o livro traz quando mostra o medo, a fragilidade e o horror da situação.

O livro originalmente começou a ser escrito em um blog e, realmente, quando começamos a ler estamos lendo partes do blog do personagem, que decide comentar umas notícias estranhas que estavam em destaque na mídia. Nos outros dois da trilogia há um modo de narração que eu gostei muito, de às vezes narrar a partir do ponto de vista de coisas inanimadas ou animais (“Se aquela pedra visse, ela estaria vendo…”).

O autor conseguiu completar uma história de zumbis MUITO boa e bem fechada, de um modo que dificilmente se encontra. Se você é daqueles que foi atrás de Sangue Quente pelos zumbis, é nesse aqui que você vai encontrar (e ainda ganha de brinde o estilo de sobrevivência, distopia e uma narração com boas doses de sarcasmo). Ah, e eu já disse que é uma das melhores explicações dos zumbis de vírus que tem por aí?

OBS: Se você se pergunta por que esse livro não é tão conhecido, a resposta é simples: o autor não é americano (é espanhol). Infelizmente, isso é um problema. Agora imagine como o livro é bom para ter sido lançado até aqui.

A trilogia Apocalipse Z tem os três livros lançados no Brasil pela editora Planeta. Eles são: Apocalipse Z, Dias Escuros e A Ira dos Justos. O nome do autor é Manel Loureiro.

ConversaCult é um blog sobre cultura de entretenimento jovem, focado em livros, filmes, séries, música e videogame. Para quem quiser, há um trecho de Apocalipse Z no blog para dar ideia da narração. E, para os fãs de Jogos Vorazes, está rolando o Centro de Treinamento com uma série de posts trazendo análises sobre os livros.

31 de março de 2012 às 22:30
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Comentários
  1. Debora disse:

    Queria ler um livro novo e.e mais não curto muito zumbis no geral.. mais esse parece ser bom, vou dar uma pesquisada pq aki na minha cidade(RJ) na livraria q eu sempre vou tava indisponivel no estoque.. então nem comprei, fui comprar outro e bem legal também é “Correr ou Morrer” e comprei tambem o “Jogador nº1 ambos são muitoo bons.. assim q tiver disponivel na Travessa aki do RJ eu vo comprar esse ai dos Zumbis :3

  2. Lana disse:

    huuuum,gostei da resenhaaa,vou leeer!

  3. Felipe disse:

    Já li essa trilogia… Bom, não sei se recomendo, pois apesar do primeiro livro ser ótimo e o segundo ser bom, o terceiro deixa muito a desejar, e o final então…. fraco e previsível… Sem contar a apelação do autor no final…

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